Força

DRG

É no seu estudo intitulado “RGPCI” que René Guénon tentou descrever a noção de equilíbrio de Forças. Para além dos desenvolvimentos rigorosamente matemáticos relativos a esta noção, Guénon mostra muito bem a estreita correlação que se expressa entre os dados clássicos das chamadas Forças centrípetas e centrífugas, e a correspondente aplicação entre Força Expansiva e Força Compressiva que pode ser reduzida, sem particular dificuldade, às expressões herméticas de “solução” e “coagulação”.

Quando não ocorre nem compressão nem expansão, falamos de um estado de equilíbrio que é matematicamente equivalente à Unidade, porque para que haja equilíbrio preciso a resultante das forças opostas deve ter o próprio coeficiente de Unidade. Esta definição do equilíbrio de Forças através da unidade dá a Guénon a oportunidade de especificar que a unidade, longe de ser comparável a zero, isto é, um estado de ausência ou inexistência, de Não-ser, é idêntica ao que a tradição oriental chama de “o Ambiente Invariável”, um reflexo direto e concreto da “Atividade do Céu”.

Finalmente, note que o hieróglifo da letra hebraica qoph, simbolizada por um machado, tem o significado geral, tanto em árabe como em hebraico, de “Força” ou também de poder (qowah), tanto espiritual como material.

(RGPCI, cap. XVII, “Representação do equilíbrio de forças”. RGSC, cap. XXIII, “Significado do eixo vertical; A influência da vontade do Céu”. SFCS, cap. XV, “Um hieróglifo do Pólo”.)

Veja Atividade, Não-ser, Rei, Shakti, Metafísica Zero.