O espaço diferencia e conserva; o tempo muda e transforma. A importância de certos simbolismos nos obriga a relembrar aqui coisas que, à primeira vista, parecem óbvias demais, mas que, na verdade, são pouco aprofundadas, a saber, em primeiro lugar, que o espaço tem três dimensões objetivas: comprimento, largura e altura; e seis dimensões subjetivas: acima, abaixo, à direita, à esquerda, à frente e atrás. De maneira análoga, o tempo tem quatro dimensões objetivas — as quatro fases do ciclo: manhã, tarde, noite e madrugada; ou primavera, verão, outono e inverno; ou ainda infância, juventude, maturidade e velhice —, e duas dimensões subjetivas: o passado e o futuro; o presente sendo inapreensível como o centro no espaço. Todos esses elementos dão origem a diversas analogias, tanto no plano da vida espiritual ou simplesmente moral quanto no da ontologia ou da cosmologia. (Frithjof Schuon, Avoir un centre FSAC)
