EvolaAC
Quem é “genial” hoje? Um tipo predominantemente individualista, cheio de ideias originais, caprichoso. Como limite, temos o “gênio” no campo da arte, cujo culto fetichista na civilização humanista e burguesa é bem conhecido, tanto que o “gênio”, mais do que o herói, o asceta ou o aristocrata, tem sido frequentemente considerado, nessa civilização, como o tipo humano mais elevado. O termo latino genialis, por outro lado, faz alusão a algo muito menos individualista e “humanista”. Ele deriva da palavra gênio, que originalmente designava a força interna, espiritual e mística de formação e geração de um determinado povo ou sangue. Portanto, não é exagero afirmar que as qualidades do “gênio”, no sentido antigo, tinham uma certa relação com aquelas que, no sentido mais elevado, podem ser consideradas como “raça”. Em contraste com a significação moderna, o elemento “gênio” distingue-se do individualista e arbitrário; está ligado a uma raiz profunda, obedece a uma necessidade interna de adesão às forças já suprapessoais de um sangue e de um povo, àquelas forças às quais, em cada linhagem nobre, uma tradição sagrada também estava ligada, como é bem sabido.