DRG
A ciência do brasão, ou Heráldica, desempenhou um papel fundamental no Ocidente e no Oriente, e em particular na conservação do depósito iniciático simbólico.
Se a origem da história dos emblemas e sinais utilizados na heráldica remonta aos tempos mais antigos, a compreensão e utilização dos símbolos foi uma arte que foi objeto de um estudo muito rigoroso e preciso na Idade Média, uma arte que provavelmente respondeu a uma prática de transmissão de significado e de conhecimento que tocava numerosas formas de conhecimento, antes de mais nada o hermetismo.
A arte heráldica é aliás praticamente incompreensível sem o conhecimento do simbolismo hermético, e afirma Guénon, num estudo relativo à obra de J-H. Probst-Biraben com o título “Esoterismo e símbolos heráldicos”, que os símbolos esotéricos foram introduzidos nos escudos pelos próprios nobres, “pelo fato de entre os clérigos e artesãos que trabalhavam na composição dos brasões, e os nobres, relações iniciáticas das quais encontramos pistas especialmente no campo do hermetismo”, terem sido estabelecidas de forma muito profunda.
(SFCS, cap. L, “Os símbolos da analogia”. EFMC, “Relatórios de artigos e periódicos”, 1947, p. 147.)
Veja Cavalaria, Hermetismo.