GTUFS
Uma imagem é simples na medida em que representa uma realidade celestial particular, e complexa na medida em que inclui, conforme o caso, um grupo particular de símbolos, indicando, por exemplo, diversos atributos ou funções. (FSLT, O Santo e a Imagem Divina)
Imagem do Buda: A imagem do Buda é como o som daquela música celestial que poderia encantar uma roseira a florescer em meio à neve; assim era Shakyamuni – pois é dizem que os Budas trazem a salvação não apenas através de seus ensinamentos, mas também através de sua beleza sobre-humana – e tal é sua imagem sacramental. A imagem do Mensageiro é também a da Mensagem; não há diferença essencial entre o Buda, o budismo e a natureza búdica universal. Assim, a imagem indica o caminho, ou mais exatamente o seu objetivo, ou o cenário humano para esse objetivo, ou seja, ela nos mostra aquele “sono sagrado” que é a vigilância e a clareza interior; por sua “presença” profunda e maravilhosa, ela sugere “a aquietação da agitação mental e a apaziguamento supremo”, para citar as palavras de Shankara… Como um ímã, a beleza do Buda atrai todas as contradições do mundo e transmuta-as em silêncio radiante; a imagem que daí deriva aparece como uma gota do néctar da imortalidade caída no mundo frio das formas e cristalizada numa forma humana, uma forma acessível aos homens… Ele é a porta de entrada para a Essência abençoada das coisas, e ele é essa própria Essência. (FSTB, Tesouros do Budismo)