O Meio Invariável (Tchoung-young) é o que a tradição do Extremo Oriente dá como nome ao local de perfeito equilíbrio, o centro da roda cósmica, o ponto onde a “Atividade do Céu” se reflete diretamente. “Ponto central não atuante, o Meio Invariável corresponde ao Princípio imutável, sempre idêntico a Si mesmo.
Segundo o Taoísmo, o sábio perfeito, “tendo chegado ao Ponto Central e que ali permanece em união indissolúvel com o Princípio, participando de sua imutabilidade e imitando sua “atividade não-atuante”, é considerado como tendo chegado ao máximo do vazio, em repouso, retornando assim à sua raiz que não é outra senão o Meio Invariável, ou a “Grande Paz”” (Es-Sakînah) do esoterismo islâmico. Este retorno ao estado primordial do verdadeiro homem (tchenn-jen) equivale ao seu estabelecimento definitivo no Princípio.
O Meio Invariável que comanda o movimento mas não participa dele, cujo ponto está localizado no centro da Cruz, é portanto a imagem da Vontade do Céu, do “Raio Celestial” dentro do desenvolvimento dos diferentes “estados de ser”, como as diferentes direções do espaço, e ao mesmo tempo a presença invisível e inexprimível do vazio, do vazio.
(RGSC, cap. VII, “A resolução das oposições”, cap. IX, “Representação geométrica dos graus de Existência”, cap. XXIII, “Significado do eixo vertical; a influência da Vontade do Céu”, cap. XXV, “A árvore e a serpente”.)
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