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É centrando-se na questão do cálice do Graal que René Guénon assinala com pertinência que a partir do Antigo Testamento a tradição bíblica fala de um “cálice oracular” (Gênesis, XLIV, 5) que se diz ser o de José, cálice que certamente poderia ser considerado uma das formas do próprio Graal. Guénon também se surpreende, com razão, por ninguém ter prestado atenção ao fato de ser outro José, José de Arimatéia, “que se diz ter se tornado o possuidor ou guardião do Graal e tê-lo trazido do Oriente para a Bretanha”. Esta ligação entre o nome de José e a taça do Graal está longe de ser, como facilmente suspeitamos e como escreve Guénon, fruto de uma simples “coincidência”, e merece uma reflexão vigilante, que deverá, sem demasiada dificuldade, desabrochar numa meditação soberana.
(SFCS, cap. XLIV, “Lapsit exillis.”)