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Um Manvantara é uma era, um período dentro da temporalidade cósmica, que também chamamos de era de Manu, porque corresponde ao nosso próprio ciclo histórico da humanidade terrestre. A tradição nos ensina que existem duas séries septenárias de Manvantaras, séries que são divididas entre Manvantaras passados e presentes, e Manvantaras futuros.
Um Manvantara como tal é dividido em quatro Yugas, que são referidas como as quatro idades sucessivas que constituem um ciclo inteiro. Cada período de um ciclo é estruturado segundo uma lei de degeneração acentuada, ou seja, quanto mais avançamos no decorrer do tempo, mais caímos inexoravelmente. Por outro lado, importa referir que “a degeneração é acompanhada por uma diminuição da duração, o que também se considera influenciar a duração da vida humana”. O que se deve notar sobre este declínio, explica Guénon, “é a relação que existe entre as respectivas durações destes diferentes períodos. Assim, diz-nos, se a duração total do Manvantara for representada por 10, a de Krita-Yuga ou Satya-Yugale será por 4, a de Trêtâ-Yuga por 3, a de Dwâpara-Yuga por 2, e a de Kali-Yuga por 1 […]. A divisão do Manvantara é, portanto, realizado de acordo com a fórmula 10 = 4 + 3 + 2 + 1, que é, ao contrário, a do Tetraktys pitagórico: 1 + 2 + 3 + 4 = 10.
Porém, por prudência, a duração exata de um Manvantara sempre foi voluntariamente mantida em segredo, modificando as datas reais através de operações sutis, tendo o cuidado, é claro, de preservar com precisão as proporções corretas.
(FTCC, “Algumas observações sobre a doutrina dos ciclos cósmicos”, “Lugar da tradição Atlante no Manvantara”. RGEH, “Sanatana Dharma”. RQST, cap. V, “As determinações qualitativas do tempo”, cap. XX, “Da esfera ao cubo”, cap. XL, “O fim de um mundo”. CMM, cap. I, “o Idade das Trevas”. SFCS, cap.