GTUFS
Absoluta, Infinita, Perfeição: estas são as primeiras definições da Natureza Divina. Geometricamente falando, o Absoluto é como o ponto, que exclui tudo o que não é Ele; o Infinito é como a cruz, ou a estrela, ou a espiral, que prolonga o ponto e o torna, por assim dizer, inclusivo; e a Perfeição é como o círculo, ou um sistema de círculos concêntricos, que reflete, por assim dizer, o ponto no espaço. O Absoluto é a Realidade última como tal; o Infinito é sua Possibilidade, portanto também sua Onipotência; a Perfeição é a Possibilidade na medida em que esta última realiza uma potencialidade dada do Real absoluto. (FSCIVOE, Atomismo e Criação)
Natureza Divina (efeito da): A Criação, ou Manifestação, é um efeito da Natureza Divina: Deus não pode impedir-se de irradiar, portanto, de se manifestar ou de criar, porque não pode impedir-se de ser infinito… O Absoluto, imperceptível como tal, torna-se visível através da existência das coisas; de maneira análoga, o Infinito revela-se através da sua diversidade inesgotável; e, da mesma forma, a Perfeição manifesta-se através das qualidades das coisas e, ao fazê-lo, comunica tanto o rigor do Absoluto como o esplendor do Infinito, pois as coisas têm a sua musicalidade, assim como a sua geometria. (FSCIVOE, Atomismo e Criação)