DRG
René Guénon esteve sempre muito atento ao significado simbólico dos números e, em particular, aos laços muito estreitos que os podiam ligar e unir na cadeia de desenvolvimento da unidade à dezena. Dentro deste desenvolvimento o Oito aparece não apenas como um número intermediário, mas também como um número de passagem de realização. Como tal, as formas baseadas no Oito, como o octógono ou a roda, desempenham um papel muito significativo na implementação de capacidades e possibilidades. O octógono que permite a transição entre o Céu e a Terra, é uma boa ilustração desta lei do número Oito, mas o mesmo se aplica às “oito portas e oito ventos” na China, representando as Oito direções do espaço, como também desta curiosa semelhança entre o Scivias (o trono divino) de Santa Hildegarda, e o El-Arsh El-Muhit da tradição islâmica, representado de forma idêntica com Oito anjos que os apoiam.
(SFCS, cap. XLII, “O Octógono”. RGSC, cap. XXIV, “O raio celeste e seu plano de reflexão”. RGGT, cap. XXIII, “A roda cósmica”.)
Veja Espaço, Número, Octógono.