GTUFS
Toda prova é relativa por definição, uma vez que uma prova absoluta seria idêntica à coisa a ser provada; uma prova está sempre mais ou menos separada de seu objeto. Há algo de seu objeto, porém, na prova, e esse algo impõe a fé; em toda manifestação da verdade libertadora há uma evidência à qual podemos ou não ser sensíveis, mas que compreendemos na medida em que nosso espírito reconhece nela algum conteúdo latente de sua própria substância. A prova da verdade do Invisível é a lembrança que a expressão dessa verdade atualiza nos espíritos que permaneceram fiéis à sua vocação original; a função iluminadora recai sobre o argumento metafísico e também sobre os símbolos e milagres, se levarmos em conta todos os modos e fatores imponderáveis da inteligência ou da alma. Comunicar a Intelecção ao espírito receptivo é lembrá-lo do que ele é e, ao mesmo tempo, daquele Ser através do qual ele existe. (FSLT, Abuso das Ideias do Concreto e do Abstrato)