GTUFS
O subconsciente abrange tudo aquilo de que não temos consciência de forma real, seja uma questão de realidades superiores ou de complexos psíquicos; mas, na verdade, o que as pessoas normalmente entendem por “subconsciente” é apenas o psiquismo inferior, como é, aliás, consistente com sua etimologia, sempre que sub se opõe a super ou supra. Se a palavra “infra-consciente” fosse um termo corrente, deveria servir para indicar, não aquilo de que temos apenas uma vaga consciência, mas sim aquilo que é pouco dotado de consciência. [FSTB, A Questão da Ilusão]
A ideia do subconsciente é suscetível, não apenas de uma interpretação psicológica e inferior, mas também de uma interpretação espiritual, superior e, consequentemente, puramente qualitativa. É verdade que, neste caso, se deveria falar de “supraconsciente”, mas o fato é que o supraconsciente também tem um aspecto “subterrâneo” em relação à nossa consciência comum, assim como o coração se assemelha a um santuário submerso que, simbolicamente falando, reaparece na superfície graças à realização unitiva; é este aspecto subterrâneo que nos permite falar – de forma provisória – de um “subconsciente espiritual”, que nunca deve ser entendido como a psique inferior, vital, o sonho passivo e caótico dos indivíduos e das coletividades. [FSCI, O Caminho]