(DRG)
Nome de “pobreza espiritual”, no sentido da simplicidade evangélica ilustrada pelas famosas passagens retiradas da Escritura dos apóstolos Lucas (XVIII, 17) e Mateus (XI, 25), simplicidade que nada mais é do que o desapego em relação à Manifestação, mas também o sentimento de total dependência de todo o ser em relação ao Princípio.
Esta “pobreza espiritual” é na realidade o caminho para o “estado primordial”, unifica todas as potências do ser e leva o indivíduo a este estado de infância (bâlya), estado que é uma pré-condição, segundo a doutrina hindu, para o verdadeiro Conhecimento. Guénon, para ilustrar o seu ponto de vista, cita esta bela frase do sábio chinês Lie-Tseu, relativa à possibilidade de aproximação à razão invisível das coisas: “Só a mente restaurada ao estado de perfeita simplicidade pode alcançá-la em profunda contemplação. »
(RGSC, cap. VII, “A resolução das oposições”.)
Veja Desapego, Pobreza Espiritual.