Georgel (GG4IH) – As Quatro Idades da Humanidade

Gaston Georgel — As Quatro Idades da Humanidade

Exposição da Doutrina Tradicional dos Ciclos Cósmicos

O estudo anteriormente elaborado, “Os Ritmos na História”, segundo o autor, estava estritamente limitado à pesquisa das repetições cíclicas de eventos ou de situações históricas análogas, isto sem qualquer referência à antiga doutrina tradicional das Idades do Mundo. Diante da resenha de René Guénon, o autor se sentiu motivado a avançar sua investigação para cobrir esta lacuna.

I Generalidades

  • Destruição das hipóteses e retorno à Tradição
    • Crítica ao evolucionismo, “transformismo”
    • Resumo das teorias cosmogônicas modernas (da primeira metade do século XX)
    • Destruição das hipóteses que sustentam estas teorias
    • Crítica contundente ao chamado “transformismo”, com base na obra de Vialleton e de Matgioi
    • Importância de uma recuperação dos dados tradicionais hindus e caldaicos relativos à doutrina dos ciclos
    • Retorno à Tradição nos passos de René Guénon
  • Notas complementares
    • Elementos “científicos” de justificativa à crítica das hipóteses científicas
  • O Kalpa ou ciclo de um mundo (outra definição e diferente desenvolvimento na Wikipedia)
    • Abandono da “Idades Geológicas” em prol da antiga doutrina tradicional dos ciclos.
    • Leitura de Formas Tradicionais e Ciclos Cósmicos
      • Kalpa = o desenvolvimento total de um mundo, quer dizer de um estado ou grau da Existência universal”; se divide em Manvantara ou eras sucessivas de Manu, catorze formando duas séries septenárias cuja primeira compreende os Manvantara passados e aquele que estamos atualmente, e a segundo os Manvantara futuros.
      • A duração total do Manvantara é de 64.800 anos (ou seja, cinco Grandes Anos de 12.960 anos ou trinta ciclos cósmicos de 2.160 anos), donde se deduz que a duração do mundo atual é de: 7 x 64.800 = 453.600 anos, posto que estamos apenas no final do sétimo Manvantara.
    • Os Sete Pólos e as Sete Terras
    • Na Qabbalah hebraica, as sete terras, figuradas como divisões da terra de Canaã, estão em relação com os “sete reinos de Edom”, que correspondem aos sete Manus da primeira série; todas compreendidas na “Terra dos Vivos”, que representa o desenvolvimento completo de nosso mundo, considerado como realizado de maneira permanente em seu estado primordial.
    • No esoterismo islâmico as “sete terras” são “uma a uma manifestadas exteriormente, nos diversos períodos ao longo da duração total deste mundo”; por outro lado, cada uma das “sete terras” é regida por um Qutb ou “Pólo”, que corresponde assim claramente ao Manu do período durante o qual sua terra está manifestada; e estes sete Aqtâb estão subordinados ao “Pólo” supremo, como os diferentes Manus o são ao “Adi-Manu” ou Manu primordial; os sete Pólos terrestres são considerados como reflexos dos sete Pólos celestes que presidem respectivamente os sete céus planetários.
    • A passagem de um ciclo a outro é sempre concebida como “instantânea”, logo cataclísmica, e não progressiva; caráter comum aos ciclos menores interiores; explica descontinuidades e aparecimentos súbitos de novas formas animais e vegetais.
    • Algo pode sobreviver de um Manvantara a outro? Todos os seres, animais e vegetais (fora aqueles cujos gérmens foram conservados na “Arca”, não desapareceram no cataclismo de passagem)?
  • O Manvantara ou ciclo de uma humanidade
    • Era de Manu (na tradição hindu), é o período de 64.800 anos correspondendo ao desenvolvimento total de uma humanidade (da qual Manu é o Regente); esta humanidade evoluirá sobre a “Terra” tendo seus pólos e seu aspecto próprios, passando por diferentes fases ou idades sucessivas, até o esgotamento total de suas possibilidades, após o qual um cataclismo cósmico terminal desordenará o aspecto do céu e do globo (portanto a posição do eixo polar), para dar assim seguimento a “Novos Céus” e a uma “Nova Terra”, estadia, a princípio paradisíaca, de uma nova humanidade regida pelo Manu próprio ao novo Manvantara.
    • Na origem do Manvantara atual, a tradição hindu descreve uma transição cataclísmica sob a forma de um dilúvio (vide Wikipedia, semelhante ao da Bíblia (embora este seja mais recente). Em ambas as tradições Deus apela a um justo para que construa “a arca na qual deverão ser guardados os gérmens do mundo futuro, durante o cataclismo que marca a separação de dois Manvantaras. Este justo se chama Satyavrata na tradição hindu, onde se torna Manu Vaivaswata do ciclo atual e vemos que seu papel é similar ao de Noé.
    • A analogia entre Satyavatra e Noé não é fortuita mas responde, segundo René Guénon à “lei de correspondência que religa todas as coisas na Existência universal, há sempre e necessariamente uma analogia , seja entre os diferentes ciclos da mesma ordem, seja entre os ciclos principais e suas divisões secundárias”; deste modo, é possível se estudar subdivisões de eras, como por exemplo uma subdivisão da Idade Sombria em quatro sub-idades de durações respectivamente proporcionais àquelas da principais Idades, assim como uma subdivisão quinária do Grande Ano, análoga à divisão do Manvantara ele mesmo em cinco Grandes Anos.
    • Leitura de Dupuis, L’Origine de tous les cultes, permite avançar nestas analogias, fazendo corresponder o ciclo de vida de um ser humano, com as Idades, as Estações do Ano, etc.
    • Qual a exata duração de um Manvantara e quais são suas principais divisões, assim como suas durações? Como situar o início e o final de um ciclo total?
    • Leitura de René Guénon: “Algumas notas sobre a doutrina dos ciclos cósmicos” em Formas Tradicionais e Ciclos Cósmicos e em O Reino da Quantidade e os Sinais do Tempo.
      • A duração do Manvatara, calculada a partir do período tradicional de 4.320 anos (duplo de nosso ciclo cósmico de 2.160 anos), é de 15 x 4.320 anos = 64.800 anos (com base nas proporções relativas das quatro idades).
      • As divisões tradicionais do ciclo: seis, cinco, quatro, três e dois períodos (Platão: fase divina e abandonada pelos deuses).
    • Passagem de um Manvantara a outro deve corresponder simbolicamente ao Natal (Meia-noite); crepúsculo da noite corresponde ao Crepúsculo dos Deuses, o início da noite corresponde à Idade Sombria, do ciclo que se encerra; o fim da noite, até a aurora corresponde a Idade de Outro do ciclo nascente.
  • Erros relativos à doutrina dos ciclos

II Divisão Ternária do Manvantara

  • Estudo teórico: o Ternário no manifestado
  • Os três ciclos polares e os três aspectos do Rei do Mundo
  • Cronologia dos ciclos polares e de suas subdivisões
  • Ciclos polares e deslocamento do pólos

III Divisão Quaternária do Manvantara

  • As quatro idades da humanidade
  • Correspondências
  • As quatro etapas da descida cíclica na doutrina hindu
  • As etapas da “queda” nas tradições mediterrâneas
  • as quatro idades tradicionais na tradição judaica

IV A Idade de Ouro

  • Cronologia e situação da Idade de Ouro
  • O Krita-Yuga hindu e a idade de outro greco-romana
  • A Eterna Primavera
  • Quando os animais falavam
  • Longevidade e outras prerrogativas do estado primordial
  • Liberdade, Igualdade, Fraternidade
  • O Andrógino primordial e a criação de Eva
  • A Rosa do Éden
  • Idade de Ouro e Paraíso
  • Os povos felizes não têm história

V Da “Queda” à “Confusão das Línguas”

  • O mundo ao abandono
  • A grande mudança
  • A Idade de Prata
  • A Idade de Bronze
  • Gigantes e guerreiros
  • Cronologia da Idade de Bronze

VI A Idade de Ferro

  • Definição
  • Heróis e patriarcas; raça de ferro e raça de víboras
  • Divisão ternária da Idade Sombria
  • As quatro sub-idades do Kali-Yuga
  • Os operários da décima-primeira hora
  • As três pontes

VII Os Cinco Grandes Anos

  • Correspondência e cronologia
  • O primeiro Grande Ano: hiperbórea e primordial
  • O segundo Grande Ano: oriental e raça amarela
  • O terceiro Grande Ano: meridional e raça negra
  • O quarto Grande Ano: ocidental e raça vermelha
  • Elementos destacados e cataclismos cósmicos
  • O quinto Grande Ano: nórdico e raça branca

VII Círculos e Pólos de Evolução

IX Divisão do Grande Ano e Ciclo Milenar

  • Divisão cíclica e cronológica do Grande Ano
  • O ciclo de mil anos

Conclusão: Liturgia Cósmica